O dia 19 de março marcou o 25º aniversário do início da Guerra das Malvinas. Reportagens, documentários, cerimônias e reuniões lembraram a data, especialmente na Argentina, onde o conflito é considerado uma humilhação nacional, cujas cicatrizes demorarão a fechar-se.
Entre muitas que foram publicadas, interessante a este respeito é matéria do Der Spiegel, 'Cannon Fodder in a War We Couldn't Win' ("Bucha de canhão em uma guerra que não poderíamos vencer"), em http://www.spiegel.de/international/world/0,1518,475287,00.html, com relatos dos veteranos de guerra sobre suas experiências no front.
Mostra de que o conflito segue vivo nas mentes dos argentinos é, entre muitas outras coisas, a placa situada alguns metros antes da alfândega em Puerto Iguazú (na fronteira com Foz do Iguaçu), onde se lê Las Malvinas son Argentinas, mantida com a permissão das autoridades civis e militares locais.
Exemplos à parte, o que pode ser discutido é a atitute do governo Kirchner perante o problema. Tendo em vista que é uma questão ainda presente para os argentinos (e uma pedra no sapato dos governantes, cuja popularidade pode depender da maneira como lidam com o tema), questiona-se se Néstor Kirchner, com suas escorregadas populistas, incluirá as Malvinas na agenda política de seu governo e como tratará o problema. Negociará ele com os britânicos (especialmente com a perspectiva da existência de petróleo no Atlântico Sul) ou adotará uma retórica mais agressiva contra os britânicos? (Sobre o poderio militar argentino, João Fábio Bertonha publicou um artigo interessantíssimo no RelNet, em http://www.relnet.com.br/blog/?p=274.)
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