Não tenham dúvidas de que esta é a mais autobiográfica das minhas postagens. E não é para menos: estou no oitavo período do curso de Relações Internacionais, com a "água" da monografia batendo no pescoço e me perguntando sobre o que farei depois de formado.
Estar no oitavo período do curso de RI, ou seja, a menos de seis meses de ganhar o canudo (essa parte ficou meio estranho, não é mesmo?), é uma sensação complexa. Por um lado, é muito agradável saber que em breve não precisarei mais passar pelas catracas (ensino privado tem dessas coisas!), aturar a pedagogia medieval de alguns professores, tolerar os desmandos da instituição e, com isso, poderei alçar vôos maiores. Sob um outro prisma, porém, já me traz melancolia e nostalgia perceber que estou na "terceira idade" do curso. Como participei do Centro Acadêmico da minha faculdade e conversei com muitas pessoas sobre isso, pude detectar alguns sintomas desta velhice:
1) você não está mais na vanguarda festeira do seu curso, isto é, você não está mais empenhado em organizar trotes, festas e churrascos;
2) você deixou de conhecer a maioria das pessoas da faculdade e não sabe o nome das muitas que já conhece (cumprimenta-as no corredor com os clássicos "fala grande" ou "como é que está doutor?"); e
3) você não é mais convidado com tanta freqüência para os churrascos, que passaram a ser organizados pelos mais calouros.
Ter a "água" da monografia batendo no pescoço não é agradável para ninguém. Isto não é novidade. É neste momento que nós internacionalistas, com a nossa flexibilidade e tolerância, devemos transcender a noção do tempo e nos privarmos de algumas de nossas necessidades fisiológicas -- calma!, estou me referindo somente ao sono -- em nome de um bem maior. Sinceramente acredito que esforços como este enobrecem o ser humano.
O que farei depois da formatura? Eis a pergunta que não quer calar. Academia, diplomacia, iniciativa privada, consultorias, ONG's, organizações internacionais? Muitos autores dizem que uma das causas do mal-estar da "pós-modernidade" (adoro estes termos-coringa!) é justamente esta fartura de opções.
Estar no oitavo período do curso de RI, ou seja, a menos de seis meses de ganhar o canudo (essa parte ficou meio estranho, não é mesmo?), é uma sensação complexa. Por um lado, é muito agradável saber que em breve não precisarei mais passar pelas catracas (ensino privado tem dessas coisas!), aturar a pedagogia medieval de alguns professores, tolerar os desmandos da instituição e, com isso, poderei alçar vôos maiores. Sob um outro prisma, porém, já me traz melancolia e nostalgia perceber que estou na "terceira idade" do curso. Como participei do Centro Acadêmico da minha faculdade e conversei com muitas pessoas sobre isso, pude detectar alguns sintomas desta velhice:
1) você não está mais na vanguarda festeira do seu curso, isto é, você não está mais empenhado em organizar trotes, festas e churrascos;
2) você deixou de conhecer a maioria das pessoas da faculdade e não sabe o nome das muitas que já conhece (cumprimenta-as no corredor com os clássicos "fala grande" ou "como é que está doutor?"); e
3) você não é mais convidado com tanta freqüência para os churrascos, que passaram a ser organizados pelos mais calouros.
Ter a "água" da monografia batendo no pescoço não é agradável para ninguém. Isto não é novidade. É neste momento que nós internacionalistas, com a nossa flexibilidade e tolerância, devemos transcender a noção do tempo e nos privarmos de algumas de nossas necessidades fisiológicas -- calma!, estou me referindo somente ao sono -- em nome de um bem maior. Sinceramente acredito que esforços como este enobrecem o ser humano.
O que farei depois da formatura? Eis a pergunta que não quer calar. Academia, diplomacia, iniciativa privada, consultorias, ONG's, organizações internacionais? Muitos autores dizem que uma das causas do mal-estar da "pós-modernidade" (adoro estes termos-coringa!) é justamente esta fartura de opções.